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quarta-feira, 27 de julho de 2011


(...)
- Coisas terríveis acontecem no mundo. A tragédia humana é como uma prova de que Deus não pode ser simultaneamente todo-poderoso e bem-intencionado. Se Ele nos ama e tem o poder de mudar nossa situação, Ele deveria também evitar nossas dores, não é?

- Deveria mesmo? - perguntou o carmelengo.
(...)
- Bem, se Deus nos ama, se é capaz de nos proteger, Ele deveria,sim. Parece que Ele é onipotente e indiferente ou, ao contrário, benevolente e incapaz de nos ajudar.

- Tem filhos, Tenente?
Chartrand enrusbeceu.
- Não, signore.

- Imagine se tivesse um filho de oito anos. Você o amaria.?

- Claro.

- E faria tudo o que pudesse para evitar que ele sofresse na vida?

- Claro que sim.

- E deixaria que ele andasse de skate?
Chartrand estacou, adimirado. O carmelengo parecia singularmente "por dentro" para um sacerdote.
- Sim, acho que sim. - disse Chartrand. - Com certeza deixaria que ele andasse de skate, mas diria a ele para ter cuidado.

- Quer dizer que, como pai desse menino, você lhe daria uns bons conselhos básicos e deixaria que saísse e cometesse seus próprios erros?

- Eu não correria atrás dele para mimá-lo, se é o que o senhor quer dizer.

- E se ele caísse e ralasse o joelho?

- Ele aprenderia a ser mais cuidadoso.
O carmelengo sorriu de novo.
- Então quer dizer que, mesmo tendo o poder de interferir e evitar que seu filho sentisse dor, você optaria por demonstrar seu amor deixando-o aprender suas próprias lições?

- Claro, a dor é parte do crescimento. É como aprendemos.
O carmelengo sacudiu a cabeça.
- Exatamente.

[Dan Brown em Anjos e Demônios. Pg. 301 e 302]



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